E minha intuição estava afinada novamente, pois dessa vez assisti ao jogo inteiro. Me preparei com amendoim, suco e chocolate. E um cobertor, porque minha casa é muito fria. Pressentia que era possível vencer o time baiano por mais de dois gols, mesmo com a lógica dizendo ao contrário. Afinal de contas, o Vitória tem um bom time, é o atual vice-campeão da Copa do Brasil. E o Palmeiras estava em frangalhos, sem os melhores jogadores do time (Kléber e Lincoln) e sem poder estrear o mago Valdívia.
Felipão foi ousado novamente. Somente um técnico com o calibre dele poderia colocar no banco um intocável como Pierre. Gosto muito desse jogador, mas está em uma fase horrível. Vítor também não disse ao que veio, e Ewerton é muito irregular. Essas alterações surtiram efeito. O garoto Fabrício, que veio do Flamengo, se não é craque aparenta ser um jogador muito útil e versátil. Rivaldo também. Luan ainda está muito ansioso, mas parece ser bom de bola. E Tadeu finalmente disse a que veio.
Foi uma partida de redenção. A torcida foi SENSACIONAL. Com letras maiúsculas mesmo. Porque apoiou o time do começo ao fim do jogo, sem parar de incentivar os jogadores, mesmo quando o Vitória estava melhor no jogo.
Disse em alguns posts anteriores, que um técnico nem sempre faz a diferença em uma equipe. Felipão é uma exceção. Imagino que se o Palmeiras fosse treinado por Antonio Carlos ou o próprio Muricy não conseguiria talvez sequer vencer o jogo de quinta-feira. Muricy Ramalho e Luxemburgo se especializaram em fazer ótimos trabalhos com elencos muito bons. Com 2 jogadores ótimos em cada posição (veja o que o Muricy está fazendo no Fluminense, belo trabalho. Mas com o elenco que tem nas mãos ...). Já Felipão tira leite de pedra há muito tempo em times "meia-boca". O que falar do Grêmio, com refugos como Paulo Nunes, Jardel, Dinho, Luis Carlos Goiano, entre outros? E no Palmeiras? Todos se lembram de 1999, da conquista da Libertadores. Mas se lembram da conquista da Copa do Brasil no ano anterior? O time tinha Agnaldo, Neném, Darci, Almir, Oséas ... em 2000, após a Parmalat vender boa parte dos craques do ano anterior, Felipão levou o Palmeiras ao vice-campeonato da Libertadores com Argel, Pena, Euller, Marcelo Ramos, Galeano no time titular.
Pode ser que não aconteça a mesma coisa com esse Palmeiras de 2010. Mas de uma coisa o torcedor pode ficar tranquilo: não vai ter jogador fazendo corpo-mole ou se dedicando a fazer apenas o elementar. Como fizeram nesse ano os pipoqueiros Diego Souza e Cleiton Xavier. Sim, esse segundo na minha opinião é um grande pipoqueiro, que na maioria dos jogos sumia em campo quando mais o time precisava de um jogador mais lúcido.
O que vimos nesse jogo contra o Vitória foi uma vontade enorme de ganhar, e uma dedicação total de cada jogador. O time não tomou gol nos últimos dois jogos. Marca muito bem, e vai para o ataque com mais consciência. Tenho certeza que com a volta dos 3 grandes jogadores que ficaram de fora o Palmeiras será mais forte ainda.
Bons ventos voltam a soprar no Parque Antártica.
Ah, pra não deixar em branco: parabéns à diretoria em não trazer o Ronaldinho Gaúcho. O Palmeiras não precisa de um jogador para sua posição. E nem precisa fazer mais uma grande loucura. Preferível investir na base, no Palmeiras B. Mesclar novos talentos com jogadores experientes. Está na hora de subir para o time principal jogadores como o camisa 10 Ramos, o Gilsinho.
E Sportv: credibilidade é fundamental no jornalismo. Não se iguale a jornais e emissoras sensacionalistas, que plantam notícias falsas pra ter assunto pra falar. Reveja suas fontes de informações. Que esse episódio do Ronaldinho sirva de lição.
Palmeirense, espírita, fã de discos (LP - bolachona preta), jornais e livros impressos, filmes, rádio AM, futebol, política, comida, humor, amigos, sua esposa. Tem como ídolos seu saudoso pai, sua mãe, Chico Xavier, Raul Seixas, Freddie Mercury, Ayrton Senna, Homer Simpson, Bob Esponja, São Marcos, Evair, Edmundo, Bozo (o único palhaço simpático e que não tenho medo), Chaves, Alborghetti, Kramer (Seinfeld), Dr. House, Osmar Santos, José Silvério, Silvio Santos, Robert De Niro, Martin Scorsese, etc. Gosto e trabalho com TI, especificamente com Métricas de Software, e defendo APF (Análise de Pontos de Função) como medida de tamanho para determinar esforço, custo, produtividade e qualidade de software.
Nenhum comentário:
Postar um comentário